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Descrição

Ruinas para construção, com 106 m2, possibilidade de 2 piso. Aldeia pacata e a menos de 5 minutos de todas as necessidades, fica a 20 minutos de Coimbra. Vila Nova de Poiares situa-se no centro de Portugal, mais propriamente no distrito de Coimbra entre as serras do Carvalho, de São Pedro Dias e de Magarrufe assim como dos rios Alva e Mondego. Em termos administrativos faz fronteira com os concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo, Lousã, Gois, Arganil e Penacova. Freguesias O concelho de Poiares é constituído por quatro freguesias: Poiares (Santo André); São Miguel de Poiares; Arrifana e Lavegadas. O concelho ocupa uma área de cerca de 85 Km2, apresentando uma densidade populacional de mais de 80 habitantes por km2. Território com história Os vestígios de povoamento deste território, remontam à Pré – História, mais especificamente ao período Neolítico, compreendido entre o ano 5.000 e 2.000 a.C. No alto da serra de São Pedro Dias encontramos um Dólmen que o testemunha, o qual é monumento classificado de interesse nacional. Os Romanos deixaram também a sua marca. Existem registos que nos dão conta de uma ponte Romana no lugar de “Murcella”. Por aqui passava uma das mais importantes vias, que fazia a ligação de Coimbra a Bobadela, perto de Oliveira do Hospital. Podemos constatar a passagem dos Muçulmanos neste espaço através das lendas e topónimos de que são exemplo, Moura Morta, a Toca da Moura ou as Mouras Encantadas. Sabemos que desde os Século oitavo e nono se constituíram povoados neste território, o que se comprova em diversos registos documentais referentes à posse por parte do Mosteiro do Lorvão. “Algazala”, “Lauredo” e “Sautelo”, são referidas em documentos de 777, em doação feita pelo rei Ordonho das Astúrias ao Mosteiro de Lorvão. Este espaço circundado por três rios, Mondego, Alva e Ceira, terá sido objecto de cobiça por parte de alguns “Lusos”, que atraídos pelo clima temperado e cativados com a diversidade alimentar, carne de animais e peixe dos rios, aqui se foram fixando. Os povoados foram crescendo nas colinas e nas margens dos rios, em especial do Mondego. Documentação antiga refere a existência de Castros ou Crastos, que serviriam essencialmente para vigiar o trafico fluvial ou para refugio dos povoadores. Albergaria de Poiares É neste contexto que nos surge a Albergaria de Poiares, prova cabal da importância destes caminhos, prestando apoio a peregrinos e viajantes na região das Beiras. Já em 1258, aquando das inquirições mandadas realizar pelo rei D. Afonso III, é referida a Albergaria de Poiares. As Albergarias eram locais onde se recolhiam viajantes e peregrinos aos quais se prestava algum conforto. Tratavam-se de instituições pias. Os reis, geralmente ocupados nestes primeiros anos de vida do reino pelas guerras da reconquista, deixavam caminho aberto para a acção das rainhas que assumiam assim um importante papel na assistência dos necessitados, particularmente nestes verdadeiros hospitais de caridade. A Albergaria de Poiares teve a sua fundação pela mão da Rainha D. Dulce, esposa do rei D. Sancho I. Esta rainha comprou o local de “Ervedal” e seu termo, para aí mandar edificar a Albergaria de Poiares que fundara não longe de Coimbra. Sabemos que em 1210 o Rei D. Sancho I deixou em Testamento 200 “moravedis” à Albergaria de Poiares. No Tombo de Bens de 1589 da Universidade de Coimbra podemos confirmar os diversos foros que esta Universidade concedeu aos territórios que são hoje pertença do concelho de Vila Nova de Poiares, assim como as “Juradias” de Algaça ou São Miguel que aqui existiam. O território do actual concelho teve como proprietários não só Instituições Religiosas ou de cariz Religioso, mas também nobres. Aqui possuíam domínios o Mosteiro do Lorvão, na pessoa da Abadessa Dona Catarina de Albuquerque, bem como o Mosteiro de Santa Cruz, e ainda o Mosteiro de Santa Clara, que no século XVI nos aparece como tendo interveniente a Abadessa Dona Beatriz da Silva. Em alguns documentos, como a Carta de Foral dada pela rainha D. Dulce à Albergaria de Poiares, no Mês de Maio de 1195, atesta-se a existência de diversas casas religiosas e pequenos conventos. Disso são exemplo a Casa dos Frades da Concha, hoje lugar de Póvoa da Abraveia e o Convento de São Miguel de Poiares. Nobres, podemos referir a Casa do Duque de Aveiro, Dom Diogo da Silveira, Conde da Sortelha e Senhor de Goes; Dom Diogo Manuel, Prior de Palmela, ou ainda Gaspar Juzarte e sua mulher de Montemor-o-Velho, que tem casais que partem(dividem), com “Omeres”, pertença da Universidade de Coimbra. Também o Conde de Mira, Senhor de Penacova, Dom Sancho de Noronha aqui tinha domínios. Terras de Poyares Em 1590 a “cabeça” das Terras de Poyares era no lugar da Arrifana. Terá sido também nos primeiros séculos da edificação da Nação que surgiu o nome das “Terras de Poiares” – «Vimieira a par de Poiares». Um nome que se relaciona de uma forma “apaixonada” e lendária com D. Afonso Henriques, através de uma lenda que conta o “feito” do Rei de Portugal a cavalgar da Sé Velha de Coimbra até às “Terras de Poyares” para travar um Cardeal Papal que havia excomungado o Reino de Portugal. O Concelho de Poiares nasce no reinado de D. Maria II, fruto de reformas de reorganização administrativa levadas a cabo pelo Governo Setembrista ideologicamente orientadas por Passos Manuel e promulgadas em 1836. Teve este concelho como primeira designação: “Santo André de Poyares”. Primitivamente, as suas fronteiras eram limitadas a Sul pelo rio Ceira, possuía a Freguesia de Friúmes, hoje concelho de Penacova, a Freguesia de Semide da margem direita do rio Ceira hoje do concelho de Miranda do Corvo e parte da Freguesia de Serpins hoje do concelho da Lousã. Em 1855, no reinado de D. Pedro V, devido a influências estranhas às autoridades administrativas do concelho, é Poiares “mutilado” passando estes territórios a fazer parte desses concelhos limítrofes. Alexandre Herculano, no seu livro “Cenas de Um Ano da Minha Vida e Apontamentos de Viagem” testemunha-nos: «O concelho de Poiares: espécie de América Inglesa: Liberalismo dos habitantes. A Aldeia de Santo André é a sua Washington – terrenos áridos mas cultivados». Podemos considerar o espaço da freguesia da Arrifana de suma importância até ao século XVIII, nomeadamente como ponto de passagem e de ligação das margens do rio Mondego até ás Varas mais importantes no interior do território. O tráfego fluvial do Mondego, partia e chegava desde a Figueira da Foz até ao Porto da Raiva. De Louredo as “Barcas Serranas”, carregadas de mato e carqueja, cavacas de madeira e outros produtos, desciam o rio em direcção a Coimbra e à Figueira da Foz. Venha conhecer!

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